16 dezembro 2011

Quarto


Querido diário, tomei uma atitude.

Noites de insônia até a primeira providência: trocar o colchão! Também, depois de quatro casamentos, e histórias sobre  "vudus" de ex incorporados... comprei um novo e taquei fogo no antigo.

Depois, foi virar os móveis. Comprei um livro de "feng shui" no sebo do mercado, e por horas de atenção sobre o sentido do vento, orientei a cama para o noroeste -um pouco mais a esquerda -  bem  longe das janelas. A estrutura de madeira, que é neutra, evita acúmulo de energias e sobre ela pendem agora:  um filtro de sonhos -  para os pesadelos mais pesados; e um cristal multifacetado (já que não havia espaço para um biombo) para manter os fluidos leves antes de fugirem pela porta do banheiro.

Adoro gatos, mas pela lógica de melhor companhia troquei a raça. Difícil foi encontrar o tal do Korat Tailandês que dizem atrair mais sorte, e sinceramente, não pude deixar de perceber o olhar de tristeza do meu velho persa pelo vidro  da Kombi, pendurado entre o criado-mudo e a penteadeira, todos doados para a tia Ana Maria, que tem uma casa grande mas que vive sozinha.

Apesar de pequeno, um tapete oriental com arabescos ao lado do cama para descarregar a primeira e última pisada do dia.

Para a iluminação, uma cortina de luz com a temperatura adequada para o equilíbrio e bem estar, fraca, mas que em alguns dias devo me acostumar, ou seguirei  a tropeçar no gato ou derramar leite no soalho. Telas trazem irradiação então aboli televisão e monitores.

Enfim, paz, silêncio e calma.

E dois lexotans, porque ...








Um comentário:

tarciso disse...

A vida é uma frequente aspiração por mudanças para que assim tudo permaneça no lugar, acho que a isso corrobora o fecho com o indefectível receituário médico...