28 maio 2008
Idade
26 maio 2008
Volta
Fui despertado, sempre haverá algo para trazer estes momentos, mesmo que mudem os personagens, incomoda esta crescente intensidade. Eu disse, pior que não ter, é ter, mas somente a esperança, mas, ela não me ouve, permanece melindrosa a todas as dúvidas, só e suscetível. Esta frase me muda de lado, mas seria apenas um exercício, sou eu quem tem dúvidas, sustento, alimento e me abrigo em inseguranças, mas não desisto, também sou eu quem volto mesmo quando acho que é hora de partida.
11 maio 2008
Energia
Estou cansado de escrever, ou sem vontade. Hoje quis sol, dias nublados de outono, salas fechadas de trabalho. Espero os dias com a esperança de folga e luz.
Meu amigo se ilumina como criança e fala um tempo que não acompanha a idade, observo calado e recolho a observação para no momento certo revela-la como conhecimento e sabedoria. A cada dia aprendo mais no que acumulo. Pena, estou cansado para escrever, e por fim não dou espaço para abrir os minhas caixinhas, tampouco organiza-las. Acho que ja tive idéias com estas devo ter recantos que se sobrepõem sem chegar a nenhuma novidade. Deus me livre da demência seria como embaralhar todas estas informações de tal forma a nunca aproveita-las, nem difundi-las, nem ensina-las.
Também quero fugir das salas fechadas, nem que seja por momentos, meus ossos pedem o sol como catalizador de vitaminas, meus olhos para tirar o mofo das retinas, minha mente para localizar melhor tais pensamentos.
Pena que estou cansado, ou sem vontade de escrever o que me invade, o sol invade, a tarde, dias nublados de outono me esperam, espaço, luz e oportunidade.
05 maio 2008
Despertador
Meu relógio tem defeito,
sem sentido, roda, roda, rola.
Ao chão.
A cama atiça e o corpo rola, rola, rola, roda.
Enjôo, não!
Volto ao tempo sem motivo,
antes tarde do que sempre,
nunca, é nunca como agora, é hora, hora, ora!
Sente.
Minhas roupas estão desfeitas,
Uma pende ao colarinho,
teu vestido, lá, sozinho,
pede, pelo avesso,
mofa e repete,
amarrota,
torce e despede
de meu amarrotado carinho.
Vejo o dia no aguardo
Uma mesa me espera
o café esta passado, nada mais é o que era.
O amargo
vem do hábito,
O gosto
vem do hálito,
Mas a cama, ainda morna,
esta ora, rola, roda e verte.
Meu desejo era ver-te
mas não sei mais a que hora
meu relógio tem defeito
tem o tempo sem sentido
o sentido sem ter tempo
rola, rola, rola e rola.
preciso tratar da vida,
preciso despertar,
embora,
precise encontrar motivo
por isso...
Acorda, agora!