26 dezembro 2011

Domingo/feriado

Trabalhar domingo, e ainda em data especial, nunca foi objetivo de vida, mas, nem tudo nesta vida da para ser tão controlado, então estou aqui, trabalhando num domingo/feriado.

Para começar esta postagem foi escrita ontem, mas, como não havia, lá, sinal de internet,  só consegui ficar online  hoje.

A experiencia de estar preso, sem sono, e apenas com a TV não é muito estimulante, ainda mais com a programação que se apresenta. Pouco adianta oferecerem assinatura a cabo se todos  resolvem passar os mesmos filmes ou igual tipo de programação: fitas melosas com papai noel perdido ou mentalmente comprometido; neve, lareira; crianças maltratadas, avarentos que se redimem, e mais uma série de mensagens de  esperança americanizada. Nos canais locais, os mesmos "especiais" incluindo o velho Roberto Carlos, desta vez mais velho e repetido. Um aparte... com os aparelhos mais modernos certos detalhes se evidenciam, como uma  certa dificuldade que o Rei tem em abrir a pálpebra esquerda (ou será do toque?). Sim, alguém irá perceber, que, para saber tal fato, eu devo te-lo assistido: confesso, mas usei da música apenas  para tentar, em vão, matar-me  pelo cansaço.

São tantas as emoções... e nestas épocas elas se agudizam. Talvez por isso tenha recebido inesperadas visitas durante a madrugada.  A mãe reclamando da ausência do filho e culpando a atual nora, a do terceiro casamento - "fazia gosto da primeira"  -dividindo uma intimidade,  as duas da manhã, que  só se tem a um confidente. Mas, se faço de minha atividade, como se espera,  um sacerdócio, deveria pelo menos poder ficar escondido a bocejar atrás de um confessionário a ter que acompanhar com os olhos da atenção, compreensão e certa  simpatia. Também comem muito nesta hora, e da-lhe náusea e cólica: "Buscopam e Dramin!" - aproveita e deixa uma para mim - porque para suportar ressaca alheia, só com injeção na veia.

Estou feliz por estar em casa, por poder voltar a  navegar e publicar minhas bobagens, ouvindo Buddy Collette até retornar em breve ao trabalho, e afinal, como  hoje é segunda-feira, para lembrar que tudo passa, até feriado.

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