27 novembro 2011

Passado


Ontem foi o lançamento em Arroio Grande -  na Praça Zeca Maciel-   do livro "Na palma da  mão" de João Félix Soares Neto.
A memória garantia que naquela praça há longínquos anos - do hábito de passar  parte das férias de verão com o nossos avós-  a primeira foto havia sido tirada. Tanto tempo, e guiados pela lembrança, resolvemos repetir a cena. Problemas de volume, espaço, área e peso, marcaram a dificuldade técnica deste simples ato, e rapidamente, antes que um "guarda Belo", do brinquedo nos retirasse (sob risco de quebra ou desabamento) posamos para  um momento de comparação e eternidade.
Agora, avaliando os detalhes, percebo o quanto esta memória é falha e, sem dificuldades, consigo identificar algumas semelhanças e erros:
  • Estamos invertidos, talvez pela  mania de achar que na infância, por ser mais velho, eu  estaria sempre à frente.
  • Continuamos nos vestindo como gêmeos.
  • Quando criança a cabeça pareça maior em relação ao corpo.
  • Os óculos, em ambos, sugerem a genética da visão cansada.
  • O primeiro escorregador é mais seguro.
  • Fotografia em preto e branco é sempre mais nostálgica.

01 novembro 2011

Momento de Luz


O brilhar da primeira pedra, cristais espalhados pela casa.

Na maratona mística ceguei-me com as luzes da cromoterapia e quase tropecei em um par de pirâmides mal posicionadas. 

Algo pende da porta do banheiro - depositário de más energias - e distribui o ódio como prisma, até onde deveria reinar a harmonia.

No tempo do" não parecer válido", o meu desprezo a alquimia. 

Ignorância não desperta angústia; medo, glória ou alegria. 

Acato o achado Divino  que vem da culpa e do proibido; fujo de ser mais claro evitando ser  objetivo; viro o que nem sou, ou prego, e  fica nisso o que acredito.

Tanta gente em minha volta, seja em carne, osso ou em espírito, que qualquer probabilidade de encontro reflete o apelo ao desconhecido.

Fujo de ágapes e confrarias; discussões em sindicatos; longas conclusões vazias; odeio  idéias surgidas sob o claustro -porta fechada é fobia.

Perguntas a que me refiro? Ter fé num paraíso?
A contração ao absoluto é  a ceder a um único destino.

Não - mais uma vez -  resumindo: 
Por favor, quero  ficar só...
Só no sonho, quieto
com meus cristais... iludido.