23 fevereiro 2012

Por que estou de chapéu.

Foto de Fábio Caetano

Surgiu uma manchinha na cabeça, no centro do couro-cabeludo.

Não sou de encucar, menos ainda, com o que brota desta copa. Noutra época, porém, usei para o recheio: fluoxetina, citalopram,venlafazina e devaneio; depois Freud, Epicuro, Descartes, Confúcio entre outros meios. Nos meus tempos de tampinha não pensei em suicídio, mas julguei fugir de casa, interromper a faculdade, atirar pedra em janela, matar aula... e chorar, chorar muito na adversidade. Da faxina desta mente - anos de terapia - trago-a menos aloprada e atingi, a muito custo,  a paz de  uma cuca-fria.

Mas o que será esta mácula escondida no resto de relva que cobre esta culminância?
Pondo o dedo na moleira decido  procurar a quem entende, mas enquanto não tenho hora em um dermatologista decente, uso um Panamá no cocuruto para enfrentar o sol ardente.

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