04 outubro 2012

Escrever

Tudo está arrumado: o canto, a luz e o relativo silêncio.
Tema: Porque escolhi ter um cachorro feio ou o  porquê de deixar livros pela metade.

Então: organizar o espaço.

Em meio a  papéis me encontro num  retrato.
Nem triste ou alegre, tampouco inusitado, carrega o impresso a saudade em mil significados. De imediato, o canto fica mais constrito, assim como o peito, ambos apertados. 
Muda a direção do texto programado, não sei mais sobre o que penso,  vou deixar, mais uma vez, meu cão abandonado.

Na imagem um dia como tantos - não fossem os tantos parecerem ali renovados. Sei que a  memória filtra o que incomoda, e  por isso, feri com a ilusão de que só o melhor foi vivenciado. Bem, esta ali o olhar da minha juventude: simples, eu, sobre um capô, contando, feliz, moedas e trocados. Boa luz,  maior do  que esta, que, até agora, acomodava-me. Preciso mais.

Pronto -  não  quero o silêncio - perdi por ora o interesse pela escrita, assim como pelos tais livros que, por misterioso motivo, também deixo inacabados.

Nenhum comentário: