31 julho 2012
30 julho 2012
Crônica de Segunda - Na minha...
Foto Fábio Caetano |
Recebi agradecido - recusando com educação a oportunidade - convite para mostra de algumas fotos. Não que não tenha vontade de exibir-me, do contrário não me exporia por aqui em texto ou imagens, mas, embora isso, tenho nestas atividades um prazer prioritário e particular de ocupar o tempo e o pensamento, e dividir, com quem se identifique, a essência destas experiências - e ponto.
Outro dia quase perdi mais um amigo por negar-me a unanimidade. Minha linha do Facebook fazia tanta referência a um determinado ícone desta cidade, que só por comentar acha-lo pessoal e artisticamente arrogante e chato fui criticado como inculto, exótico e retardado. Conheci muita gente bacana que não precisou ser idolatrada para me fazer viajar, sonhar, pensar, rir, menos enfadar.
Um dia, em semelhante companhia, aceitarei apresentar-me formalmente, quem sabe...
Minha profissão ensina: quem acredita só no que ouve pode sofrer pelo omitido, e a mesma voz que muito elogia, também sucumbe em espalhar crítica e desprezo, ou pode apenas mudar de ideia, por isso, filtro meus interlocutores a cada momento àqueles que, assim como eu, gostem de mim, mas sem levar-me tão a sério.
29 julho 2012
28 julho 2012
25 julho 2012
23 julho 2012
Crônica de Segunda - Frios pensamentos
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Praça da Matriz em Porto Alegre |
Vá que eu me esqueça de aquecer o banheiro, de separar a roupa antes de deixar da água, e apague com o frio a percepção de renovar o dia.
Tomo chocolate jurando fugir de outras calorias, escolho um chapéu com feltro concluindo um estilo sem nome, mas não deixarei de sair às ruas.
Ideias são como ervas, crescem em qualquer brecha de preocupação ou compromisso, não dão trégua, não me sustentam, mas vivo por elas.
Quem sabe novo emprego, mais ganho em menos tempo; quem sabe mais tempo, menos empenho e mais aproveitamento; quem sabe mais aproveitamento e menos obrigações sem intento?Todos anos alardeiam: nunca houve uma estação tão rigorosa - mas estão ali os mesmos casacos, mofos e mantas aguardando seus momentos. Procuro algo que me descomponha -azul com bege- mas as cores são todas sóbrias, óbvias e sobrepostas.
Um caminho diferente, uma área que não reconheça e onde não me identifiquem, que não precise cumprimentar a ninguém e que também não atentem, a cor, ou se uso tênis.
Tudo volta e se renova, só não posso esquecer de aquecer o banheiro para apagar a intenção do frio que me preserva.
22 julho 2012
21 julho 2012
20 julho 2012
Bom Dia
Querido diário.
Despertei sem ter dormido confundindo imagens de ontem com maus sonhos, talvez, alimentado pelas letras das músicas que deixei a tocar durante a noite.
"Acordei de um sonho estranho / um gosto de vidro e corte / um sabor de chocolate...". Cabeças rolando, "vudu, calamidade", reparação, dívidas e mortes.
Mesmo cansado, sou mais criativo nos primeiros momentos do que ao final-do-dia, por isso - Querido diário -, antes que fale na terceira pessoa, preciso de um café para orientar as enzimas e o jornal do dia para me por à realidade.
Bom dia!
Despertei sem ter dormido confundindo imagens de ontem com maus sonhos, talvez, alimentado pelas letras das músicas que deixei a tocar durante a noite.
"Acordei de um sonho estranho / um gosto de vidro e corte / um sabor de chocolate...". Cabeças rolando, "vudu, calamidade", reparação, dívidas e mortes.
Mesmo cansado, sou mais criativo nos primeiros momentos do que ao final-do-dia, por isso - Querido diário -, antes que fale na terceira pessoa, preciso de um café para orientar as enzimas e o jornal do dia para me por à realidade.
Bom dia!
19 julho 2012
18 julho 2012
17 julho 2012
15 julho 2012
11 julho 2012
Mosaico
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09 julho 2012
06 julho 2012
05 julho 2012
04 julho 2012
Madorra
Embora ande à frente, devo estar atrasado.
Atrasado para o quê? Tem leite na geladeira, algum resto de ontem para o almoço e a luz do dia que permite que eu leia. Tantos capítulos não vencidos de histórias incompatíveis que embaralho herói e bandido, política e relacionamento num misto de sonho mal acabado e vício.
Tento lembrar o que ontem me incomodava, mas, antes que tenha que formar lista, volto a conjecturar o básico -que horas serão estas do dia?
Passa da hora de fazer a cama. Quadriculados nas fronhas não combinam com as flores do desconjunto; nunca separo os pares, os impares, sequer os parecidos; acordo num circo caído. Fiz uso de algum barbitúrico? Corrijo: um sedativo, apenas para embalar o primeiro sonho. Não lembro se voei na madrugada, se comi a comida errada, mas meu corpo pena por um desconforto. Terá sol a frente destas paredes, ou terei que me contentar com o dos livros?
Perdi as horas e o tempo - eu, no enrosco desta madorra, dispenso qualquer compromisso. A dor impede que eu corra, devo estar atrasado, mas, pelo menos, ninguém tem nada com isso.
Atrasado para o quê? Tem leite na geladeira, algum resto de ontem para o almoço e a luz do dia que permite que eu leia. Tantos capítulos não vencidos de histórias incompatíveis que embaralho herói e bandido, política e relacionamento num misto de sonho mal acabado e vício.
Tento lembrar o que ontem me incomodava, mas, antes que tenha que formar lista, volto a conjecturar o básico -que horas serão estas do dia?
Passa da hora de fazer a cama. Quadriculados nas fronhas não combinam com as flores do desconjunto; nunca separo os pares, os impares, sequer os parecidos; acordo num circo caído. Fiz uso de algum barbitúrico? Corrijo: um sedativo, apenas para embalar o primeiro sonho. Não lembro se voei na madrugada, se comi a comida errada, mas meu corpo pena por um desconforto. Terá sol a frente destas paredes, ou terei que me contentar com o dos livros?
Perdi as horas e o tempo - eu, no enrosco desta madorra, dispenso qualquer compromisso. A dor impede que eu corra, devo estar atrasado, mas, pelo menos, ninguém tem nada com isso.
03 julho 2012
02 julho 2012
Fotografias
Vivo no casulo de minhas limitações, mas nem por isso deixo de espiar o que me é possível.
Em algum canto desta casa existem caixas de antigas fotografias. Foram as sobras de meus antepassados, do formato de seus corpos, hábitos e vestimentas, algo da arquitetura em que viviam - que mesmo de pedra, também perecem- mas nada do sangue que em mim se perpetua.
Desde que comecei a interessar-me por fotografia não desejei mais do que juntar lembranças, depois, e só depois, descobri que além da imagem era possível colecionar sentimentos - meus sentimentos. Das ruas, dos momentos, dos olhares, das vestes e dos costumes, dos seres que descubro e reconheço, que também passarão, como tudo aquilo que retenho em meus pertences.
Vivo no casulo da limitação e do finito, espio imagens que quero deixar para meus filhos, não apenas em caixas, nem em memórias flash, mas no legado do olhar, que é meu sentido.
Em algum canto desta casa existem caixas de antigas fotografias. Foram as sobras de meus antepassados, do formato de seus corpos, hábitos e vestimentas, algo da arquitetura em que viviam - que mesmo de pedra, também perecem- mas nada do sangue que em mim se perpetua.
Desde que comecei a interessar-me por fotografia não desejei mais do que juntar lembranças, depois, e só depois, descobri que além da imagem era possível colecionar sentimentos - meus sentimentos. Das ruas, dos momentos, dos olhares, das vestes e dos costumes, dos seres que descubro e reconheço, que também passarão, como tudo aquilo que retenho em meus pertences.
Vivo no casulo da limitação e do finito, espio imagens que quero deixar para meus filhos, não apenas em caixas, nem em memórias flash, mas no legado do olhar, que é meu sentido.
01 julho 2012
No silêncio...
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