27 agosto 2012

Discordâncias dos tempos

A primeira pessoa, sou eu: -seja no pretérito imperfeito ou no presente futuro, mesmo trocando concordâncias ou  perdido nos advérbios e adjetivos - a primeira pessoa sou eu!
Eu.
Custo a encadear a narrativa -começo com a proximidade da velhice ou com a marca infantil de decisivos passos?

Verbo ser, ou outro verbo? ("To be" em outra língua é um mistério literário, porém, com regras simples liberta o imaginário). Vou:
Hoje fui, amanhã não sei. Sou!
Camões nunca seria Quixote, nem Cervantes aproveitaria a malícia de um personagem Rodrigueano, portanto: ler é importante, escrever é desabafo,  mas vivência é o que  pode ser levado.
Eu- primeira pessoa no singular- nasci no momento em que gerei a primeira memória: isso foi ontem, ou, por conta do esquecido, há uma vida.
 Renovo-me na dúvida de por quando iniciar o texto.
Há 5 minutos tento:  hoje fui, amanhã deixei na segunda pessoa o tempo passado... agora, bem agora - desisto!

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