Ontem foi o lançamento em Arroio Grande - na Praça Zeca Maciel- do livro "Na palma da mão" de João Félix Soares Neto.
A memória garantia que naquela praça há longínquos anos - do hábito de passar parte das férias de verão com o nossos avós- a primeira foto havia sido tirada. Tanto tempo, e guiados pela lembrança, resolvemos repetir a cena. Problemas de volume, espaço, área e peso, marcaram a dificuldade técnica deste simples ato, e rapidamente, antes que um "guarda Belo", do brinquedo nos retirasse (sob risco de quebra ou desabamento) posamos para um momento de comparação e eternidade.
Agora, avaliando os detalhes, percebo o quanto esta memória é falha e, sem dificuldades, consigo identificar algumas semelhanças e erros:
- Estamos invertidos, talvez pela mania de achar que na infância, por ser mais velho, eu estaria sempre à frente.
- Continuamos nos vestindo como gêmeos.
- Quando criança a cabeça pareça maior em relação ao corpo.
- Os óculos, em ambos, sugerem a genética da visão cansada.
- O primeiro escorregador é mais seguro.
- Fotografia em preto e branco é sempre mais nostálgica.
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