04 janeiro 2008
Ando
Ando cansado. Não cansado pelo físico que ora melhor do que nunca me fortalece, nem pelo espírito que me acode e no momento necessário vem a mim e restabelece. Ando cansado pela vida, pelo que busco ou que tenho por convívio, pela falta de respostas aos mais simples, comuns e delicados dos princípios. Ando cansado, mas ando, e neste caminho me abalo, passo por trajetos nunca novos, quase sempre, conhecidos, são cenários mal cuidados, percebo que as vezes ando em círculos, ou são todos tão iguais que não divulgo, mas de qualquer forma vou e sigo. Tenho mais gás do que pensava, há reserva em combustível, meu solado é de borracha, chuto pedras no caminho, tem mais gente que acompanha, alguns buscam a mesma sorte, outros passam sem esforço, mas preferem seus enganos. Estou cansado mas não paro, nem que seja até outra vida, nem que me encontre em outro plano.
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