Quando me perguntou se eu tinha alguém pensei em responder com uma metáfora, afinal não posso ser proprietário nem de mim mesmo, mas, ao invés, respondi que sim porque sabia que ali acabaria nosso diálogo.
Gosto dela e nem custei a perceber seus sinais, pelo contrário, estranhamente, antecipei-me sem maiores sustos, uma, porque senti que acreditaria, outra, porque talvez até me entendesse.
Ouço bossa-nova, agora sem o mesmo entusiasmo, as vezes acho enfadonho, não o ritmo, mas as palavras, ando numa fase menos elaborada, mais direta, vivendo apenas de intervalos breves.
Por isso, quando me perguntou se tinha alguém era para aquela hora, olhei o relógio para tentar disfarçar melhor argumento, pois ser sincero pode levar tempo, então, aceitei encerrar a frase numa afirmativa: sim e fim de intento.
Antes fosse assim, um sim tão fácil, encarno um genêro que não mais me representa, Jazz é mais complexo porque não segue normas, não prescinde de frases, e a pauta, é só parte do caminho, no entanto sou visto como garoto bossa-nova, mesmo que tenha passado tanto tempo, não vislumbro longos futuros porque não preciso, pena que um sim não basta, pena...
Um comentário:
Uaauuu! Adorei o post! Ótimo!
Virei sempre te ler!
Beijuca
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