28 maio 2008
Idade
Sinto nas primeiras letras que vou tropeçar nas idéias, sinto, na rapidez do pensamento, e pela forma que meu coração responde, que não vou conseguir fechar uma delas. Estou aberto, como ao me emocionar por uma música, cuja letra não entendo sequer o idioma, estou só pela entonação e pelo propício do clima. Abro, mais uma vez e ao acaso, o velho livro de meus dias e chego sempre nas mesmas páginas viciadas, nem adiante nem no início, quando ainda havia fôlego para enfrentar o que viesse. Conheço cada linha e todas frases, expio pelo que já deveria ter sido elaborado e condeno todas atitudes como se fossem apenas minhas, mas não são e então me acalmo. Aperta, pela falta de dias mais completos e esqueço o que de fato poderia. Sou a redenção de minhas idéias, daí não consigo evitar o ritmo, por isso em cada pausa um trote e em cada frase um recomeço, como os dias que não acompanham o pensamento.
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