ensolarado casarão de antigamente
que doura a tarde
e espalha reflexos nas manhãs
quantos passantes forjaram suas calçadas
quantos amantes suas camas festejaram
e a infinidade de enredos que abrigou
agora jaz sob um sol preguiçoso
enclausurado no crepúsculo
seu visitante solitário
lembra ali sentado
da sua própria sorte
ou quem sabe a sorte do sobrado
e seu olhar perdido
alcança na linha do horizonte
alguma coisa do futuro
se contrapondo a uma
infinidade do passado...
Luiz Tarciso Souza
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