Ana Maria é um nome que eu não queria! As tardes são mais agradáveis, principalmente quando o céu fica nublado, são curtas estas férias, e eu nunca havia andado de barco. A casa, alugada, é um pouco mais que meia-água, mas tem um tanque protegido que esconde a roupa lavada. Há vantagem estar na orla, levando em conta que aqui é praia, tenho apenas quinze anos, nada novo me abala. Só esta tal Ana Maria, me persegue esta danada, não é amiga, nem parenta, uma presença inadequada.
O sol parte deixa o frio, a lagoa esta serena, há um bote me esperando, esperar não vale a pena. Cheiro a peixe, bate o vento, nem parece ser dezembro, traz o grito do convite um amigo de momento. Vejo a água, meia-praia, roupa suja lavo em casa, minha mãe ensina os modos, a menina é que é visita. Há um bote me esperando para levar a minha vida, posso ver além do tanque, não serei mais esperado. Tenho apenas quinze anos, quanto terá esta guria? A fazer-lhe companhia só fiquei por educado. Minha mãe ainda me paga, perdi da água a navegada, não foi dessa, custei tanto, quando deu não senti nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário