31 maio 2007

Limites


Luz, originally uploaded by Camafunga.

Queria poder correr de um lado ao outro mas sinto que permanece um impedimento. Vejo a ida como volta, e o inverso que pode ser melhor caminho, não sei se estou preso entre as possibilidades ou fora delas sem a chance de atravessa-las. Tenho receio em entender todas as respostas, mas, mesmo assim, fico a analisar melhor hipótese. Quero sentir a liberdade, desprezar múltiplas escolhas, mas a cobrança é pesada, mais forte do que as grades.

27 maio 2007

Pombas


Pombas, originally uploaded by Camafunga.

Primeira que coloco em papel, deve ser porque me identifiquei muito com o casal acima.

Laranjal
Pelotas - RS


26 maio 2007

Verdes


Verde, originally uploaded by Camafunga.

24 maio 2007

Afirmativa

Quando me perguntou se eu tinha alguém pensei em responder com uma metáfora, afinal não posso ser proprietário nem de mim mesmo, mas, ao invés, respondi que sim porque sabia que ali acabaria nosso diálogo.
Gosto dela e nem custei a perceber seus sinais, pelo contrário, estranhamente, antecipei-me sem maiores sustos, uma, porque senti que acreditaria, outra, porque talvez até me entendesse.
Ouço bossa-nova, agora sem o mesmo entusiasmo, as vezes acho enfadonho, não o ritmo, mas as palavras, ando numa fase menos elaborada, mais direta, vivendo apenas de intervalos breves.
Por isso, quando me perguntou se tinha alguém era para aquela hora, olhei o relógio para tentar disfarçar melhor argumento, pois ser sincero pode levar tempo, então, aceitei encerrar a frase numa afirmativa: sim e fim de intento.
Antes fosse assim, um sim tão fácil, encarno um genêro que não mais me representa, Jazz é mais complexo porque não segue normas, não prescinde de frases, e a pauta, é só parte do caminho, no entanto sou visto como garoto bossa-nova, mesmo que tenha passado tanto tempo, não vislumbro longos futuros porque não preciso, pena que um sim não basta, pena...

23 maio 2007

Paredes


Paredes, originally uploaded by Camafunga.

A cor disfarça a ausência.

20 maio 2007

Possibilidades


Possibilidades, originally uploaded by Camafunga.

A imagem fala por si, mas as vezes é bom perceber que as mensagens estão por ai, em qualquer local, no inesperado acerto do acaso com a coincidência.

19 maio 2007

Contravenção


Laranjal
Pelotas
Rio Grande do Sul
Brasil
Frio

14 maio 2007

Objeto


Comprei uma mochila, a principio nada demais, uma mochila, é a segunda, a outra foi para a viagem, também cabia o notebook, mas era quase formal...quase.
Comprei uma mochila, tem lugar para colocar fones, tanto espaço que nem tenho tanto o que distribuir, embora moderna e caiba o note tem penduricalho para cantil, binóculo e GPS. Alguém duvida que a use para o trabalho, eu também não acreditaria se fosse me dito ainda outro dia.
Comprei uma mochila, é tão bonita, melhor do que a que há muito queria, maior que a que sonhei para fugir da rotina, da cobrança que tão cedo me impedia.

06 maio 2007

Arte

Acho que já fui músico, mas não fui renascentista,
escrevi versos sem rima divulgados nas esquinas.

Acho que já fui quase um vituose, mas nem sei de que instrumento,
publiquei aos quatro ventos o que prendia em pensamentos.

Já vivi uma odisséia, enfrentei muitos tormentos,
desenhei a bico de pena a tristeza, marquei bem estes momentos,
resisti fazendo arte me escondendo em trocadilhos,
registrei como retratos, fui além, fotografia,
escolhi muitos retalhos para compor minha melodia.

Acho que fui músico, mas também fui literata,
faço um traço no caminho para achar melhor estrada,
faço um arco, desafio, minhas tintas... tão opacas.

Acho que, no fundo, não fui, é, nada disso,
não criei sequer um quadro, não gravei, não há um disco
as palavras se perderam nas imagens,
amarelaram sem ter dito.
Nem esquinas, nem caminhos
a mais simples cantoria,
Acho que não fui artista
para me iludir
como queria.



01 maio 2007

Ausência


Ausência, originally uploaded by Camafunga.

Não pude deixar de observar o quanto as horas mudam de métrica, de um tempo os minutos leves escorregam em minúcias e consigo absorver cada detalhe, dá até para rever melhor aproveitamento, noutro as horas atropelam-se em eventos, que apurados, nem se completam. Aproveitei o meio-tempo para levar o meu feriado, sem cadência definida, fiz do momento decadente o auge do contemplativo para reter boas imagens como o da moça solitária atravessada sob a transparência do tecido a observar o nada, como eu, ao infinito.